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Conheça os pré-requisitos para iniciar uma criação de tilápias

Conheça os pré-requisitos para iniciar uma criação de tilápias

A prática da piscicultura exige do criador algumas técnicas e alguns cuidados fundamentais para o sucesso da criação. Uma delas é de que a água utilizada seja abundante e de boa qualidade, nesse caso, pode-se utilizar água proveniente de nascentes para o enchimento dos tanques, o que irá assegurar ao produtor um melhor sabor e mais qualidade da carne dos peixes produzidos.

Uma água considerada boa para a criação de tilápias deve conter pH próximo à neutralidade (7,0), pois caso a neutralidade da água esteja abaixo de 4,0 ou acima de 11,0, a situação ficará desfavorável para os peixes, podendo ser letal em alguns casos. Por isso, em casos de dúvidas, o produtor deverá fazer exames e análise completa da água, antes de usá-la.

Outro ponto importante é a característica do solo, pois, independente do tipo de peixe que será criado, será necessário construir viveiros de terra ou represas, onde será feita a recria e a engorda dos peixes. Por isso, é de extrema importância que o piscicultor conheça as características físicas e químicas do solo. Em termos gerais, a qualidade do solo irá influenciar diretamente na qualidade da água.

A temperatura da água entra como um pré-requisito pois, por serem animais pecilotérmicos, a temperatura corporal dos peixes varia de acordo com a temperatura da água. Sem contar que os peixes apresentam desenvolvimento máximo quando dentro de uma determinada faixa de temperatura, sendo a temperatura ideal para a criação de tilápias superior a 20°C.

Em relação a esse ideal de temperatura, a tilápia é um peixe que pode ser criado em quase todo território brasileiro, devendo evitar regiões onde ocorrem calor ou frio intensos e prolongados. Para a avaliação da temperatura da água, ela deve ser feita a uma profundidade de um a dois metros, utilizando-se o termômetro amarrado por uma corda e mergulhado na profundidade desejada.

Além da avaliação dos aspectos já citados, para o sucesso da produção, é preciso que haja uma avaliação geográfica para a implantação da piscicultura, dentro da fase de planejamento. Aspectos como proximidade da piscicultura com mercados fornecedores e consumidores, local com boa infraestrutura, facilidade de acesso à piscicultura e avaliação do potencial do mercado consumidor da região são extremamente relevantes quando se deseja fazer a implantação de um criatório.

Deve-se conhecer também os hábitos alimentares dos peixes, sendo que os peixes criados para alimento humano são classificados em carnívoros e não-carnívoros. Alguns peixes carnívoros poderão ser alimentados apenas com ração, mas, outros não aceitam a ração como alimento. Já os peixes não-carnívoros se alimentam de ração e plâncton.

Por fim, deve-se levar em conta o tipo de sistema de produção. Existem, basicamente, quatro tipos de sistemas, são eles: sistema extensivo; semi-intensivo; sistema intensivo; e sistema superintensivo. No sistema extensivo, os peixes juvenis são colocados em lagoas ou represas, onde permanecem até o momento de serem capturados. Nesse sistema, não há fornecimento de ração nem adoção de um manejo adequado.

No sistema semi-intensivo também é praticado o uso de lagos ou represas, no entanto, há o fornecimento de alimento aos peixes. Já o sistema intensivo tem como finalidade obter altas produtividades e, por isso, é feito em viveiros. Nesse sistema, as fases de recria e engorda são bem definidas. O sistema superintensivo é um sistema que possui as mesmas características do intensivo, porém permite que se utilize densidade de povoamento ainda maiores. Nesse sistema, os peixes podem ser cultivados em viveiros circulares, tanques-rede, raceway´s ou canais de concreto.

Conheça o Peixe Pirarucu – Criação em Cativeiro

Conheça o Peixe Pirarucu – Criação em Cativeiro

Conhecido por sua saborosa carne, levemente adocicada, sem espinhos e carcaça de alto rendimento, o pirarucu é uma grande promessa para pequenos produtores que desejam se ingressar em um mercado que ainda não é muito explorado.

Devido à sua grande adaptação e resistência em águas com diferentes níveis de pH e baixa oxigenação da água, o pirarucu é criado em cativeiro em diversas regiões do Brasil. Mas certos cuidados são necessários para isso, confira abaixo:

Água:

A água deve ser clara, com pouca quantidade de sedimentos e ligeiramente alcalina. A espécie gosta de viver em água calma e com temperatura que se mantém na faixa de 24 a 37 ºC, como dito anteriormente, que é ideal para sua sobrevivência e reprodução. O produtor deve tomar cuidado para que não haja oscilações bruscas de temperatura, devendo dar preferência para o ambiente mais quente. Em caso de regiões mais frias, como o Sul do Brasil, é ideal que se utilize uma estufa climatizada.

Estrutura:

Apesar de muitos trabalhos estarem sendo desenvolvidos para o cultivo em tanque-rede, a estrutura ideal para o sistema de produção de pirarucu é o de tanque escavado com fundo de terra. O abastecimento de água pode ser feito por meio de um canal e um tubo de PVC, e a vazão regulada por meio de um monge instalado dentro do tanque.

Engorda:

Quando os peixes atingirem 1 quilo, devem ser transferidos para o tanque de engorda, onde a densidade deve ser de um indivíduo por 10 metros quadrados. O período de engorda leva um ano, sendo que, nesse período, o pirarucu pode atingir cerca de 10 Kg.

Alimentação:

Quando criado em cativeiro, o criador pode adotar duas opções de dieta, a natural e o arraçoamento. Na alimentação natural, o produtor deve criar tilápias ou lambaris como espécies forrageiras. Os juvenis devem ser separados dos pais quando atingirem 40 gramas.
Na adoção de arraçoamento, considerada a melhor alternativa, a partir de 1,5 a 2 gramas, os juvenis já podem ser transferidos para um local específico para serem treinados a comer ração, durante seis dias, com seis refeições diárias. Mas o processo pode demorar mais.

Reprodução:

Em cativeiro, o pirarucu demora de quatro a cinco anos para chegar à idade adulta e reprodutiva, com peso entre 40 e 45 quilos. Como dito anteriormente, há como distinguir o macho da fêmea pela coloração que adquirem no período reprodutivo. As desovas ocorrem em águas paradas. Assim como em seu habitat natural, os ninhos são preparados pelos machos, que ainda protegem os filhotes nos primeiros meses de vida. A cada ninhada, a produção pode oscilar de 3 mil a 10 mil alevinos.

Pesquisa recomenda uso de armadilhas para controle da tilápia-do-nilo em bacia no Amapá

Pesquisa recomenda uso de armadilhas para controle da tilápia-do-nilo em bacia no Amapá

Como não é um peixe nativo, está causando forte pressão sobre espécies nativas como os peixes conhecidos por acarás, reduzindo sua população. Também tem potencial para comprometer a estrutura da população de outras espécies de peixes dessa região da Amazônia. A tilápia-do-nilo foi introduzida no Brasil no início da década de 1970, para repovoamento de açudes do Nordeste, por meio de um plano do governo federal de combate à fome nessa região. Depois, o cultivo espalhou-se por todo o País.

As várzeas da Bacia Igarapé Fortaleza, integrada ao Rio Amazonas, são áreas de preservação permanente (APP) que servem de abrigo e alimentação para diversas espécies de peixes e têm importância na pesca de subsistência para famílias dos municípios de Santana e Macapá. Nessa região, a tilápia-do-nilo foi introduzida em diversas pisciculturas para alimentar pirarucus, devido à sua capacidade de se reproduzir naturalmente em viveiros de cultivo. Porém, a criação trouxe impactos ambientais decorrentes de escapes e solturas para a natureza.

Para controlar a proliferação do peixe exótico, a Embrapa recomenda o uso de armadilhas tradicionais como redes e tarrafas ou captura mais moderna como a pesca elétrica. Os dados fazem parte de publicação técnico-científica da Embrapa Amapá, de autoria do pesquisador Marcos Tavares-Dias.

A introdução da tilápia-do-nilo no Estado do Amapá remete a 1970, por iniciativa de uma mineradora que aproveitou suas áreas escavadas para o cultivo desse peixe, mas não há registro do sucesso do empreendimento. Na década de 1990, houve uma nova introdução da tilápia-do-nilo, quando alevinos foram obtidos para cultivo em algumas pisciculturas de Macapá. "Essa introdução deve-se ao fato de que esse peixe já dispunha de tecnologias para sua criação intensiva e vinha sendo cultivado em outras regiões do Brasil", explica Marcos Tavares-Dias, pesquisador do Núcleo de Pesquisas em Aquicultura da Embrapa Amapá.

Entre 2001 e 2002, um levantamento conduzido na região da Bacia Igarapé Fortaleza mostrou que a maioria dos piscicultores aproveitava a disponibilidade de água das áreas de várzeas para cultivo da tilápia-do-nilo, mas nascentes e o próprio rio também eram usados com essa finalidade.

A tilápia-do-nilo originária do Rio Nilo, no continente africano, é uma espécie de água doce disseminada em diversas regiões do planeta. O cultivo desse peixe pelo mundo foi promovido visando à subsistência de populações pobres de países em desenvolvimento. A publicação da Embrapa destaca que atualmente essa espécie de tilápia vem causando também problemas ambientais e comprometendo espécies nativas do México, Panamá, Austrália, Estados Unidos, Filipinas e Madagascar, por causa do elevado potencial invasor desse peixe nos ambientes.

Invasão de espécie exótica ocorre em cinco fases

O impacto ambiental ocorre devido a um processo que inclui o fato de a tilápia-do-nilo possuir extrema plasticidade alimentar, ou seja, alimenta-se de invertebrados aquáticos que não têm capacidade fotossintética e que vivem dispersos na coluna de água e com pouca capacidade de locomoção; como também de organismos aquáticos microscópicos que têm capacidade fotossintética e vivem dispersos flutuando na coluna de água; além de detritos, sedimentos, larvas de insetos e ovos de outros peixes, dependendo da fase do ciclo de vida. Outro fator é que a espécie invasora apresenta grande resistência aos ambientes com elevada concentração de matéria orgânica acumulada nos ambientes aquáticos, altas temperaturas, altas concentrações de amônia e baixas concentrações de oxigênio dissolvido na água. Em ambiente natural, a tilápia-do-nilo pode reduzir a biomassa dos organismos que vivem dispersos nas águas doces da Bacia do Igarapé Fortaleza tanto diretamente pelo consumo dos organismos planctônicos como indiretamente, pelo consumo dos seus principais recursos alimentares.

O autor da publicação lembra que como os alevinos da maioria das espécies de peixe dependem do plâncton (organismos dispersos na água da bacia), é possível que o recrutamento (entrada de indivíduos jovens no ambiente) das espécies de peixes nativos seja negativamente afetado pela competição com a tilápia-do-nilo. Essa espécie exótica tem forte comportamento territorialista, ocupa preferencialmente as margens dos corpos de água, locais preferidos para a desova da maioria das espécies de peixe como os acarás. Portanto, suas características tornam a tilápia um invasor biológico com forte potencial de impacto para ecossistemas naturais.

Fases da invasão

O processo de invasão de uma espécie não nativa inclui, geralmente, cinco fases. Na primeira fase, os invasores biológicos recém-chegados adaptam-se às novas condições ambientais ou não. Na segunda fase, se reproduzem para iniciar uma nova população. Na terceira, a abundância do invasor aumenta drasticamente, pela ausência de predadores, competidores e doenças no novo ecossistema invadido. Na quarta fase, a abundância do invasor diminui, por causa da exacerbação das relações bióticas no ecossistema. Na quinta fase, o invasor naturaliza-se, formando uma população de peixes com capacidade reprodutiva estável. Porém, as mesmas características de comportamento dos invasores podem estimular o processo de invasão biológica em alguma dessas fases e inibir em outra fase.

No Brasil, o cultivo da tilápia-do-nilo começou a ganhar importância na década de 1990, principalmente nos estados do Sul e Sudeste. Nesse período, a criação dessa espécie exótica mostrou grande vantagem sobre as espécies nativas em relação ao conhecimento técnico-científico disponível, principalmente quanto à sua biologia e tecnologias para a produção intensiva. Consta também na publicação que, atualmente, essa tilápia representa o principal modelo de cultivo em diferentes sistemas de produção intensiva no País, principalmente nas regiões Nordeste, Sul e Sudeste, mas sua maior produção tem sido na região Nordeste.

O cultivo ocorre principalmente em sistemas intensivos de viveiros escavados e tanques-rede. A tilápia-do-nilo, juntamente com as carpas, foram as espécies responsáveis pelo crescimento da produção na piscicultura continental brasileira em 2011, representando quase 64% do total de peixes produzidos no país. Embora o cultivo de espécies não nativas seja uma atividade econômica importante para o País, os escapes e solturas representam um problema ambiental pouco avaliado. Na Amazônia Legal, esse peixe é cultivado nos estados do Acre, Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Pará e Tocantins. De acordo com dados do IBGE, em 2014 a produção de tilápia-do-nilo no município de Macapá foi de 16.206 kg.

Alckmin assinará decreto para facilitar licenciamento da aquicultura

Alckmin assinará decreto para facilitar licenciamento da aquicultura

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), assinou na última terça-feira (1/11) um decreto que tem como objetivo reduzir a burocracia no licenciamento da aquicultura, como é chamado o cultivo de produtos naturais aquáticos e a criação de peixes e mariscos em ambientes confinados e controlados.

O novo decreto, que revisa a regulamentação editada em 2014, simplifica o licenciamento da aquicultura de pequeno porte no Estado, assim como estabelece procedimentos para a criação de novos parques aquícolas, além de reconhecer os já criados. Segundo o governo paulista, as taxas de licenciamento ordinário e simplificado ao pequeno produtor serão reduzidas pela metade.

O decreto será assinado no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo de São Paulo, em cerimônia com a participação, junto com Alckmin, dos secretários estaduais do Meio Ambiente (Ricardo Salles), e de Agricultura (Arnaldo Jardim), além de produtores de aquicultura.

Frigorífico de tilápia deve injetar R$ 150 milhões e gerar 1,8 mil empregos

Frigorífico de tilápia deve injetar R$ 150 milhões e gerar 1,8 mil empregos

Mato Grosso do Sul é um dos maiores exportadores de carne bovina do País e pode se tornar referência na piscicultura. A multinacional Tilabras aguarda a resposta do governo Federal a um pedido de concessão para explorar superfície fluvial no Rio Paraná e construir o maior frigorífico de tilápia do Brasil, que caso autorizado, será instalado no município de Selvíria, na região do Bolsão e distante - 404 Km de Campo Grande.

O projeto prevê a injeção de U$ 51 milhões, o equivalente a mais de R$ 150 milhões na aquicultura do Estado e a geração de 1,8 mil empregos diretos, além do fomento aos pequenos e médios produtores, já que além da própria produção, a indústria pode absorver a produção de terceiros, como pequenos produtores.

Segundo o secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento, Jaime Verruck, o estado já conta com tecnologia na produção de peixes e agora o objetivo é convertê-la em maior produtividade e a atração de novos empreendimentos. “Em relação à produção de carnes, Mato Grosso do Sul ainda tem um potencial de crescimento fantástico na área da piscicultura, com excelente tecnologia, seja na produção de peixes nativos ou exóticos, como é o caso da tilápia. Nossa expectativa é muito grande para esse novo frigorífico, uma vez que o potencial de produção de tilápia no rio Paraná está só começando. Nós já atraímos o investimento que será instalado no município de Selvíria. Temos água, espaço e muita capacidade empreendedora", considera Verruk.

A empresa Tilbras é fruto da parceria entre uma das maiores produtoras de tilápia do mundo, a americana Reagal Springs, e a brasileira Axial. Atualmente, a tilápia é a espécie mais criada no Brasil, representando 45,4% do total nacional. Dados do Ministério do Abastecimento apontam que a produção da espécie aumentou 9,7% em relação a 2014.

No momento, a empresa aguarda resposta do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) sobre o pedido de concessão para poder operar o empreendimento. Em 2015, a empresa recebeu Licença Prévia do governo do Estado para instalação de 821 tanques rede para produção de tilápias no município.

Nesta última quinta-feira (10), a senadora Simone Tebet e o deputado estadual, Eduardo Rocha, se reuniram com técnicos do Mapa para tratar sobre a liberação da licença segundo a senadora, o corpo técnico pediu 40 dias para avaliar o processo e apresentar decisão o oficial.

Produção de tilápias tem crescimento em Minas Gerais e no País

Produção de tilápias tem crescimento em Minas Gerais e no País

A produção de peixes está crescendo no Brasil, com destaque especial para a tilápia. Levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado no final do mês de setembro, aponta que houve um aumento de quase 10% na produção do peixe em 2015. Foram 219,33 mil toneladas despescadas, no período de janeiro a dezembro, segundo o apurado pela Pesquisa da Pecuária Municipal, do IBGE. Em todo o país, a mesma pesquisa apontou uma produção total de 483,24 mil toneladas de peixes. E Minas aparece em oitavo lugar no ranking nacional da produção de todas as espécies, com cerca de 22 mil toneladas por ano, de acordo o órgão pesquisador federal.

Segundo dados da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), a produção mineira pode ser maior em 2016. "Se considerarmos um levantamento preliminar, feito pela Emater-MG, em setembro último e se os números dos outros estados brasileiros se mantiverem como os de 2015, Minas Gerais ocupará o 4º lugar na produção de peixes, no país, em 2016", prevê a assessora técnica de Piscicultura e Meio Ambiente da empresa pública mineira, Vanessa Gaudereto.

Segundo a técnica, o levantamento extraoficial apurou que o estado mineiro produz cerca de 41 mil toneladas de peixe por ano, sendo que, 40 mil só de tilápia. A criação de peixes é desenvolvida por mais de 3.435 agricultores familiares e outros 1.218 não familiares, totalizando 4.653 produtores no estado, em mais de 200 municípios.

Para a assessora técnica da Emater-MG, o crescimento da piscicultura, principalmente a criação de tilápia, está relacionada à abundância de recursos hídricos de Minas, o que potencializa a atividade. Gaudereto aponta ainda, as qualidades características do peixe. "Por ter uma carne branca, textura firme, sabor suave e alto valor protéico, a tilápia faz bem à saúde. Além disso, ela possui forte adaptação e tolerância às variações climáticas, assim como resistência às doenças e parasitas, e alto desempenho produtivo. Também não apresenta espinha em 'y' o que facilita o processamento e as várias possibilidades de preparo, tendo uma excelente aceitação no mercado consumidor", argumenta.

A Emater-MG é o órgão responsável no estado pelo fomento à piscicultura. Além da assistência técnica, a empresa também trabalha no apoio à regularização da atividade; acesso dos produtores ao crédito e a projetos de doações, tais como tanques-redes, ração e alevinos. Atua ainda, na implantação e regularização de unidade de abate.

"As ações acontecem por meio de parcerias e investimentos do Governo do Estado, que enxerga nesta atividade uma oportunidade de trabalho e renda para o agricultor, além de crescimento econômico de forma saudável e sustentável. A empresa também apoia o produtor na parte de comercialização e no acesso ao mercado institucional, por meio do PAA e PNAE, programas que adquirem produtos da agricultura familiar", ressalta a assessora de empresa pública mineira de extensão rural, Vanessa Gaudereto.

Decreto que simplifica aquicultura em SP será assinado nesta terça-feira

Decreto que simplifica aquicultura em SP será assinado nesta terça-feira

Um decreto que regulamenta a atividade de aquicultura e dinamiza as regras sobre o Licenciamento Ambiental da Aquicultura no estado de São Paulo será assinado nesta terça-feira, dia 1º. Com isso, serão beneficiadas centenas de famílias de pequenos produtores do setor, de acordo com o governo paulista. O decreto foi elaborado pelas Secretarias do Meio Ambiente e Agricultura e Abastecimento.

Dados da revista Pesquisa e Tecnologia apontam que, entre 2008 e 2010, a aquicultura teve incremento de 31,2% na produção nacional, alcançando a marca de 479.399 toneladas. Em São Paulo, dados do Ministério da Pesca, relativos a 2010, a aquicultura produziu 38.646 toneladas, sendo apenas 143 toneladas de origem marinha. Toda a produção está baseada na piscicultura, com destaque para a criação de tilápias por pequenos e médios produtores.

Piscicultura beneficia 600 famílias na Bahia

Piscicultura beneficia 600 famílias na Bahia

Na zona rural do norte da Bahia, semiárido do estado, cerca de 600 pessoas adotaram a piscicultura em tanques-rede. Para viabilizar a obra, a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) investiu R$ 1,25 milhão na região do lago artificial da barragem de Sobradinho. A medida promoveu a inclusão produtiva de famílias dos municípios de Sobradinho, Casa Nova, Sento Sé e Curaçá.

Hoje, a região tem 11 associações e 14 produtores familiares individuais exercendo a atividade. Além da instalação dos tanques-rede, a Codevasf fomentou a piscicultura promovendo capacitação dos pescadores artesanais e dos pequenos produtores dentro de padrões ambientalmente sustentáveis, de modo a preservar o ecossistema do Vale do São Francisco.

“Além disso, a atividade propicia segurança alimentar com nutrição adequada ao aumentar a oferta de proteína animal de alta qualidade e reduz o esforço de pesca artesanal, o que favorece a recuperação e a preservação das espécies”, explicou o chefe da Unidade de Pesca e Aquicultura da Codevasf, Leonardo Sampaio.

Beneficiamento do pescado

Enquanto algumas famílias produzem o pescado, outras se dedicam a beneficiar a produção e comercializá-la com valor agregado. Uma das entidades que se destaca na produção de subprodutos de peixes no entorno do lago de Sobradinho é o Terminal Pesqueiro, no qual o gerente administrativo da Unidade de Beneficiamento, Raimundo Nonato de Oliveira, calcula que a demanda varie entre 80 a 120 toneladas de peixes por mês.

Na unidade, implantada em parceria com o governo da Bahia, trabalham 20 mulheres que se revezam em turnos no processamento do pescado. Ali é feito o tratamento primário – que é a retirada das vísceras destinadas ao matadouro local, onde há uma unidade experimental na qual essas vísceras são transformadas em óleo, vendido em seguida para uma estatal de petróleo.

Estima-se que sejam comercializadas cerca de 15 a 200 toneladas de peixe mensalmente na região e até em estados vizinhos – sendo que, desse total, cerca de 120 toneladas são processadas na Unidade de Beneficiamento de Sobradinho, e o restante é vendido in natura pelos próprios pescadores no mercado local.

Recuperação ambiental

Além de apoiar a atividade da piscicultura familiar, a 6ª Superintendência Regional da Codevasf, sediada em Juazeiro (BA), também promove parcerias locais para a realização de peixamentos no Lago de Sobradinho, com o objetivo de repovoar e preservar a ictiofauna do rio São Francisco.

Os alevinos, geralmente com tamanhos que variam entre sete e dez centímetros de comprimento, são oriundos do Centro Integrado de Recursos Pesqueiros e Aquicultura de Bebedouro, operado pela Codevasf na vizinha cidade de Petrolina (PE).

São colocadas no lago espécies como curimatã, piau, pacamã e, em alguns casos, surubim – esta última uma espécie em risco de extinção que está sendo reproduzida em cativeiro em centros integrados mantidos pela Codevasf nos estados de Alagoas, Minas Gerais, Sergipe, Pernambuco e extremo sul da Bahia.